Direitos Iguais:
Recentemente recebi pelas redes sociais um vídeo com uma crítica muito bem
humorada sobre a Copa do Mundo de Futebol Feminino. Nesse vídeo, uma das
críticas era em cima do tradicional “feriado” criado a cada quatro anos para
que servidores de órgãos públicos possam ser liberados para assistir aos jogos
da seleção brasileira de futebol masculino, mediante reposição de horas. Igualmente,
no setor privado, algumas empresas oferecem tal “regalia” aos seus
funcionários. No entanto, porque não existe a mesma valorização e incentivo
para a população acompanhar o futebol feminino?
Maior Visibilidade:
É inegável que com o crescimento das redes sociais, das mídias alternativas e
das transmissões online em tempo real, a competição popularizou-se pelo Brasil,
mais do que o esperado. O torneio desse ano tem ganhado mais destaque,
inclusive na mídia mais conservadora, que comprou os direitos autorais de
transmissão. Porém, a data do torneio, que acontece simultaneamente a Copa
América, faz com que a atenção do espectador fique dividida.
Histórico da Copa do
Mundo de Futebol Feminino: Há quem pense que o torneio é uma
novidade no cenário mundial, uma vez que é pouco divulgado na grande mídia
notícias sobre as competições de nível regional, estadual e nacional
relacionadas à modalidade de futebol de campo feminino. Mas, a Copa do Mundo “das
meninas” está na sua oitava edição. O torneio que também é organizado pela
Federação Internacional de Futebol (FIFA) teve a sua primeira edição no ano de
1991 e vem sendo realizado a cada quatro anos. A maior campeã do torneio até a
presente edição é a seleção dos Estados Unidos da América (EUA), que levantou a
taça por três vezes (1991, 1999 e 2015). Na sequência vem à Alemanha com dois
títulos (2003 e 2007), a Noruega (1995) e o Japão (2011), ambos com um título
cada. A China já foi sede do torneio por duas edições (1991 e 2007), assim como
os EUA que sediou duas edições seguidas (1999 e 2003). Outros países-sede foram
a Suécia (1995), Alemanha (2011), Canadá (2015) e França (2019).
Brasil na disputa: A nossa seleção já chegou a disputar uma final da competição no ano de 2007, contra a Alemanha (Goooool D’Alemanha – BUENO, G. et al., 2014). Perdemos de 2 a 0 no tempo normal e ficamos com a taça de vice. Fazer o que, né? Pelo menos não foi de sete, diria alguns otimistas! A verdade é que os ares desse ano são outros e muita gente está tendo mais prazer em ver as nossas moças bailando com a bola nos pés do que o “ranca toco” da seleção do Tite. O Brasil está no Grupo C, junto com Austrália, Itália e Jamaica, tem tudo para classificar. A final do torneio está prevista para acontecer no dia 07 de julho de 2019, às 12 horas (Horário de Brasília). Estamos na torcida pelas “meninas do Brasil”...enquanto isso na Copa América de futebol masculino, continuo apostando minhas fichas no Uruguai.